terça-feira, 25 de março de 2014
segunda-feira, 24 de março de 2014
TRANSTORNOS ALIMENTARES: Saiba como identificar e tratar bulimia e anorexia
TEXTO PUBLICADO PELA "SUCESSO EM REVISTA" NO MÊS DE MARÇO de 2014
COLUNA: COMPORTAMENTO
Os transtornos alimentares são considerados patologias que comprometem a saúde, causando severos prejuízos. Dentre os diversos existentes, os mais populares são a anorexia nervosa e a bulimia nervosa e, geralmente, afetam mais as mulheres do que os homens e ocorrem entre a infância e a adolescência. Porém, há relatos de surgimento em mulheres que já atingiram a idade madura.
A anorexia nervosa é caracterizada pela perda excessiva do peso corporal. As mulheres que sofrem desse transtorno buscam a qualquer custo a magreza e geralmente são vítimas de dietas imediatistas e radicais, pois há uma distorção de sua própria imagem, ou seja: ao se olharem no espelho, enxergam-se gordas, muito diferente do que realmente estão (excessivamente magras, a ponto de deixarem os seus ossos evidentes). Atualmente, percebemos esse tipo de doença mais presente nas adolescentes, por desejarem seguir os padrões das manequins, que se apresentam com a estética magra e longilínea. São mulheres que apresentam comportamentos perfeccionistas, distorções cognitivas e rigidez de comportamento. Essas mulheres relatam sentir vergonha e repulsa ao próprio corpo e restringem a sua alimentação, em muitas vezes, sem acompanhamento médico, até chegar ao jejum completo. Além disso, consideram que apenas um copo de água já é o suficiente para que engordem. A partir daí, chegam a ficar com a saúde tão prejudicada, que muitas se tornam amenorréicas (não menstruam mais). Sem contar que os aspectos emocionais ficam à flor da pele.
Na bulimia nervosa, o indivíduo (geralmente mulheres também) sente culpa em comer compulsoriamente e, por isso, adquire o hábito de induzir o próprio vômito. Essa manobra faz com que ele imagine poder comer tudo o que quiser, sem restrições alimentares, já que colocam tudo o que ingeriram para fora de seu organismo. Esse tipo de comportamento traz um alívio momentâneo e, ao contrário da anorexia, não existe o desejo de emagrecer exageradamente. Nessa patologia, o ideal seria um acompanhamento adequado, com planejamento alimentar, para que a pessoa acometida pela bulimia não mais precisasse provocar o vômito, já que esse processo, além de prejudicá-la emocional e psicologicamente, acarreta em diversos danos à saúde. Acompanhamentos médico e nutricional, aliados à psicoterapia, devem fazer parte do tratamento.
As técnicas da Terapia Cognitivo Comportamental no caso dos transtornos alimentares vêm se mostrado bastante eficaz, já que ajuda o paciente a detectar os seus pensamentos disfuncionais, suas crenças negativas e resgate de autoestima, fazendo com que assimile a ideia de que a busca pelos padrões estéticos, reforçados pela mídia e pela própria sociedade, não pode ser movida a limites extremos.
Thaísa Riul - Psicóloga Clínica
CRP 06/110133
Os transtornos alimentares são considerados patologias que comprometem a saúde, causando severos prejuízos. Dentre os diversos existentes, os mais populares são a anorexia nervosa e a bulimia nervosa e, geralmente, afetam mais as mulheres do que os homens e ocorrem entre a infância e a adolescência. Porém, há relatos de surgimento em mulheres que já atingiram a idade madura.
A anorexia nervosa é caracterizada pela perda excessiva do peso corporal. As mulheres que sofrem desse transtorno buscam a qualquer custo a magreza e geralmente são vítimas de dietas imediatistas e radicais, pois há uma distorção de sua própria imagem, ou seja: ao se olharem no espelho, enxergam-se gordas, muito diferente do que realmente estão (excessivamente magras, a ponto de deixarem os seus ossos evidentes). Atualmente, percebemos esse tipo de doença mais presente nas adolescentes, por desejarem seguir os padrões das manequins, que se apresentam com a estética magra e longilínea. São mulheres que apresentam comportamentos perfeccionistas, distorções cognitivas e rigidez de comportamento. Essas mulheres relatam sentir vergonha e repulsa ao próprio corpo e restringem a sua alimentação, em muitas vezes, sem acompanhamento médico, até chegar ao jejum completo. Além disso, consideram que apenas um copo de água já é o suficiente para que engordem. A partir daí, chegam a ficar com a saúde tão prejudicada, que muitas se tornam amenorréicas (não menstruam mais). Sem contar que os aspectos emocionais ficam à flor da pele.
Na bulimia nervosa, o indivíduo (geralmente mulheres também) sente culpa em comer compulsoriamente e, por isso, adquire o hábito de induzir o próprio vômito. Essa manobra faz com que ele imagine poder comer tudo o que quiser, sem restrições alimentares, já que colocam tudo o que ingeriram para fora de seu organismo. Esse tipo de comportamento traz um alívio momentâneo e, ao contrário da anorexia, não existe o desejo de emagrecer exageradamente. Nessa patologia, o ideal seria um acompanhamento adequado, com planejamento alimentar, para que a pessoa acometida pela bulimia não mais precisasse provocar o vômito, já que esse processo, além de prejudicá-la emocional e psicologicamente, acarreta em diversos danos à saúde. Acompanhamentos médico e nutricional, aliados à psicoterapia, devem fazer parte do tratamento.
As técnicas da Terapia Cognitivo Comportamental no caso dos transtornos alimentares vêm se mostrado bastante eficaz, já que ajuda o paciente a detectar os seus pensamentos disfuncionais, suas crenças negativas e resgate de autoestima, fazendo com que assimile a ideia de que a busca pelos padrões estéticos, reforçados pela mídia e pela própria sociedade, não pode ser movida a limites extremos.
Thaísa Riul - Psicóloga Clínica
CRP 06/110133
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