segunda-feira, 13 de maio de 2013

SÍNDROME DO PÂNICO


TEXTO PUBLICADO PELA "SUCESSO EM REVISTA" NO MÊS DE MAIO DE 2013
COLUNA: COMPORTAMENTO
Atualmente, muito se ouve falar a respeito de um transtorno ansioso chamado síndrome do pânico, que também é conhecido por estudiosos como o transtorno da ansiedade ou da angústia. No Brasil, ainda faltam estudos que complementem essa patologia, porém, podemos entendê-la melhor de acordo com algumas características que devem ser analisadas por profissionais capacitados, já que o seu diagnóstico é complexo.
Uma das peculiaridades dessa doença é que ela atinge com maior frequência indivíduos jovens e mulheres, na faixa etária dos 20 aos 40 anos de idade e com vida profissional ativa.
Essa síndrome é caracterizada pela presença de ataques de pânico inesperados e frequentes e as crises são marcadas por ansiedade intensa, acompanhadas por sintomas específicos. A sensação que o indivíduo presencia é que ocorre uma mudança generalizada no corpo em questão de minutos, com reações que são desproporcionais e incontroláveis.
Alguns dos sintomas mais frequentes são:
- Sensação de insegurança;
- Sudorese excessiva;
- Palpitações;
- Sensação de sufocação;
- Taquicardia;
- Medo de morrer;
- Medo de perder o controle sobre si e sobre as situações do cotidiano;
- Sensação de irrealidade;
- Sensações de desmaio e de mal estar. 
As características citadas são sempre acompanhadas por crises súbitas e podem ser confundidas com sintomas cardíacos, em que a pessoa acha que está sofrendo um infarto. Essas crises de pânico duram cerca de 15 à 30 minutos, dependendo de cada indivíduo.
Em sua classificação, a síndrome do pânico é diagnosticada de duas formas: com agorafobia ou sem agorafobia. A agorafobia é um estado ansioso, no qual o indivíduo apresenta comportamentos de evitação,   que estão relacionados à ambientes, ou seja, locais onde ele possa sentir que há dificuldade em obter auxílio caso tenha alguma crise, já que pode estar em um lugar onde haja muitas pessoas, como dentro de  shoppings, ônibus, metrôs, supermercados, entre outros. Em grande parte dos casos diagnosticados, há a presença da agorafobia, juntamente relacionada aos sintomas do pânico.
Diversas técnicas são aplicadas para o tratamento da síndrome do pânico e a psicoterapia tem ajudado bastante devido aos métodos mais simples e até mesmo por serem mais acessíveis financeiramente que os medicamentos farmacológicos. Porém, no caso da síndrome do pânico, existe a necessidade da medicação aliada à psicoterapia.
O apoio da família é imprescindível para a melhora dos sintomas, pois em alguns relatos, observa-se a suposição de que o indivíduo esteja sendo exagerado em relação à apresentação de suas crises.  
A terapia cognitivo comportamental pode proporcionar ao paciente uma considerável redução dos medicamentos, já que envolve técnicas de relaxamento, ajudando o paciente a não mais restringir a sua vida devido aos medos, no  intuito de fazer com que haja a redução dos sintomas da síndrome do pânico.

Thaísa Riul - Psicóloga Clínica
CRP: 06/110133
(11) 98373-5758




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