TEXTO PUBLICADO PELA "SUCESSO EM REVISTA" NO MÊS DE FEVEREIRO DE 2014
COLUNA: COMPORTAMENTO
WorkAholic é uma expressão americana, destinada aos indivíduos viciados em trabalho, que não conseguem se desligar desse ambiente, mesmo após o término do seu expediente, apresentando características compulsivas. Normalmente essas pessoas investem tanto sua energia no campo profissional, que deixam de vivenciar outras áreas de sua vida, como a social, a afetiva e a cultural. Em casos mais acentuados, isolam-se das outras pessoas, mantendo a maior parte dos seus círculos de amizades dentro do seu local de trabalho. Pessoas que se comportam dessa maneira dificilmente respeitam e cumprem o seu horário de almoço. Normalmente, chegam ao trabalho antes do previsto e procuram sempre manipular dispositivos eletrônicos enquanto se alimentam.
Por causa das sobrecargas e esgotamentos físicos e mentais, algumas pessoas com as características mencionadas podem desenvolver a Síndrome de Burnout. Uma das peculiaridades desse transtorno psíquico é que ele afeta mais os profissionais que trabalham diretamente com o público, porém, qualquer outra atividade pode desencadeá-lo.
A Síndrome de Burnout pode surgir a partir do momento em que ocorre o esgotamento do indivíduo, por ter se tornado um compulsivo por trabalho. Esse termo em inglês refere-se a queimado/esgotado. É assim que a pessoa acometida por esse transtorno se sente. A síndrome do esgotamento físico e mental no trabalho, dar-se-á pela dedicação exacerbada a esse campo, como se o indivíduo não conseguisse enxergar-se além de seu ambiente profissional. Na maioria dos casos, sentem-se fracassados, incompreendidos e se cobram muito.
Alguns dos sintomas presentes na Síndrome de Burnout são:
Enxaqueca;
Irritabilidade;
Fadiga física constante;
Distúrbios relacionados ao sono;
Dificuldade em tomar iniciativas;
Disfunções sexuais;
Dificuldades em aceitar mudanças;
Falta de concentração e atenção;
Comportamentos de isolamento.
O trabalho faz muito bem ao ser humano, e é também através dele que desenvolvemos a nossa dignidade, experiência, aprendizado e adquirimos renda. Mas, quando praticado em excesso e classificado como prioridade de vida, deixa de ser trabalho, passando a se tornar patologia. Afinal, nós não somos somente trabalho. Somos uma junção de muitas outras coisas!
Se você perceber que se enquadra nestas características e está se sentindo prejudicado por isso, procure ajuda profissional. O tratamento médico, aliado à psicoterapia, é uma ótima alternativa para a melhora desse estado patológico.
Thaísa Riul - Psicóloga Clínica
CRP: 06/110133
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