TEXTO PUBLICADO PELA "SUCESSO EM REVISTA" NO MÊS DE MAIO DE 2014
COLUNA: COMPORTAMENTO
A maternidade é um momento muito especial na vida de uma mulher, não é mesmo? É através dela que entramos em contato com um tipo de amor que chamamos de incondicional e, a partir desse novo ciclo, tudo se transforma dentro do nosso mundo psíquico e ao nosso redor. Aliados à gestação, o senso de responsabilidade e os autocuidados precisam estar aguçados. Gravidez não é doença, mas exige cautela e acompanhamento profissional, já que uma vida está sendo gerada dentro de nós.
Mas, infelizmente, não são todas as mulheres que passam pelo privilégio de planejar a vinda de um filho, principalmente quando ela atravessa o período da adolescência, em que a menina está em processo de busca de identidade e ainda não está cognitivamente madura para cuidar de outro ser. Segundo fontes de informação, a gravidez precoce ainda é considerada alta no Brasil. A educação sexual precisa ser feita primeiramente dentro de casa e, apesar de constatarmos que atualmente é exposta nos mais diferenciados meios de informação pública e nas escolas, continua sendo da incumbência dos pais ou responsáveis um diálogo aberto, com o mínimo de preconceitos possíveis e com naturalidade.
Para um adulto esclarecer ao seu filho que sexo não é feio e pecaminoso, ele precisa estar ciente de que não é mesmo. É necessário ter preparação e, se houver dúvidas por parte dos tutores, que haja o interesse em buscar as informações precisas. Esse tipo de orientação não pode ser direcionado somente as meninas: os meninos também precisam ser muito bem instruídos. Mesmo assim, se os pais não se sentirem confortáveis em conversar sobre sexo, devem procurar um auxílio profissional. O importante é que o jovem não atravesse sua adolescência permeado por dúvidas e incertezas sobre sexo, doenças sexualmente transmissíveis, métodos contraceptivos e gravidez precoce.
Outro fator que não pode ficar fora da pauta é que, de acordo com relatos de algumas jovens que engravidaram precocemente, apesar de terem sido orientadas de forma clara pelos pais, se descuidaram contraceptivamente, burlando as regras do uso do anticoncepcional e sem o uso de preservativos. A jovem grávida necessita de apoio profissional, tanto de psicólogos quanto de médicos, já que uma gravidez na adolescência é considerada de risco. Sem contar que, em alguns casos, o significado de uma gestação nessa fase da vida é de afastamento do mercado de trabalho e interrupções escolares, pelo fato de as meninas terem que se dedicar aos cuidados com seus filhos, principalmente nos primeiros anos de vida da criança.
Diálogo, orientação e precaução devem andar sempre juntos.
Thaísa Riul - Psicóloga Clínica
CRP - 06/110133
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