segunda-feira, 28 de julho de 2014

A CHEGADA DO IRMÃO MAIS NOVO

TEXTO PUBLICADO PELA "SUCESSO EM REVISTA" NO MÊS DE JULHO DE 2014.
COLUNA: COMPORTAMENTO

A chegada de um novo membro na família exige dos pais mais paciência e dedicação ao filho mais velho, que, por sua vez, até então, reinava absoluto na casa.

 Um dos primeiros passos para que encaremos essa nova etapa da vida é saber que uma certa dose de ciúme será inevitável, e que, em boa parte dos casos, os pimpolhos adotam alguns comportamentos que se assemelham aos de um bebê (o que chamamos de regressão).

 Envolver o primogênito desde a notícia da gravidez até o nascimento do irmão fará com que ele se sinta mais seguro e menos ameaçado. Faça com que ele participe da nova rotina da família, deixando-o estar presente nos momentos das compras das roupinhas do irmão, levando-o quando possível às sessões de ultrassonografia, explicando a ele (nesse caso, a mamãe) que você se ausentará por alguns dias para o nascimento e depois voltarão para que eles possam se conhecer. Quando isso acontecer, peça a sua ajuda para pegar as fraldas e acessórios para o banho, proporcionando momentos de interação entre todos vocês.

Não estou dizendo que será uma tarefa fácil, pois sabemos que não é - afinal, sua atenção estará dividida entre os cuidados que deve ter por um bebê e os cuidados que deverá continuar tendo com o pequeno ciumento. Porém, reserve um momento só para vocês dois, em que poderão conversar, brincar e trocar carícias.

 Mesmo assim, percebam que poderá ocorrer algum tipo de sofrimento ao irmão mais velho, mesmo porque, apesar de os pais amarem a sua prole, não será da mesma forma, já que cada filho é único e individual e possuem suas próprias características e necessidades.

 Muitas crianças desejam ter os pais só para eles e, com a chegada do irmão, podem sentir-se preteridos e inseguros, já que um novo bebê trará o findar dos seus ideais egocêntricos. A rivalidade pode surgir a partir do momento em que o primeiro filho percebe o amor que está recebendo dos pais, avaliando se esse sentimento é suficiente ou não, se é justo ou não, o que nem sempre condiz com a realidade dos pais.

 De qualquer maneira, o diálogo e o afeto ainda são muito bons aliados para que toda essa avalanche de comportamentos e emoções seja amenizada.

 Se mesmo assim perceberem que seu filhote está sofrendo e agindo de maneira agressiva e impulsiva diante dessa nova fase, procure a ajuda de um psicólogo.

Thaísa Riul - Psicóloga Clínica
CRP: 06/110133

4 comentários:

  1. Muito obrigada, Thaisa!!!!
    Como sempre, adorei sua publicação e já estamos colocando em prática…
    O ciúme, a insegurança frente ao novo, ao desconhecido é inevitável, mas importante para o crescimento de nossos tesouros…Que eles possam vivenciar esta nova experiência com muita alegria e sempre com nosso apoio!!!!!
    Beijos meus e da Bia

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    1. Obrigada Viviane!
      É isso aí! Que eles saibam que estaremos sempre por perto, orientando-os e dando muito amor!

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  2. Lindo texto, como tudo o que você escreve.
    E o "irmão ou irmã mais velha" tem um lugar de honra na família... sempre será o exemplo que o(s) pequeno(s) terão...
    Vejo aqui a saudade do meu pequeno quando a irmã mais velha vai dormir na casa da melhor amiga... mas quando se reencontram, é só alegria e muita folia!!!
    bjs para vcs!!!
    <3

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    1. Obrigada, Regina pelo carinho e pela leitura!
      Beijos nos seus filhos lindos!

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